Estou Treinando

Estou treinando com o guardinha de shoping (Marcus) 18/03/2015

Porcaria de chuva, nunca mais volto de van pra casa, já atolei 3 vezes e ainda nem peguei a balsa pra atravessar pra Amodos. Tudo isso graças a Lilian, mas blz, é bom que ela n tenha me chamado a toa
Aaaah mas ela me paga, acho bom ela lavar a van, tem lama até no filtro do ar condicionado

Lailian, tenta digitar com uma mão só e encarar os solavancos do lamaçal que virou a estrada

ÓTIMO, TUDO O QUE EU PRECISAVA, UMA ARVORE CAÍDA NA ESTRADA NA SAÍDA DE UMA CURVA, AINDA BEM QUE MEUS FREIOS SÃO BONS, SE NÃO EU TERIA BATIDO, VOU TE CONTAR, AS ESTRADAS AQUI EM CANDKEEP ESTÃO UMA BOSTA, E TUDO SEM SINALIZAÇÃO, ATÉ OS ASSALTANTES DE BEIRA DE ESTRADAS ESTÃO PERDIDOS, POR SORTE CONSEGUI RESGATAR UM GRUPO PRÓXIMO AO PORTO E VOU DAR UMA "CARONA" PRA ELES ATÉ A GUARDA DA ZONA NORTE DE AMODOS...
Não vejo a hora de reencontrar a Lailiam, comer uma boa carne assada com o pessoal da guarda e levar o carregamento de armas que a Joseane ta me ajudando a levar ( ) acho que mais um dia e eu chego lá se parar de chover...

Finalmente, zona norte de Amodos, já até consigo ver o castelo da lótus, vou descarregar a van na forja e rumar pra minha montanha, casinha aqui vou eu \o/

Como é bom acordar de manhã pra ir treinar, passar na forja e encontrar o Venceslau lá com uma urna de ouro dizendo que a guarda vai comprar armas, tomara que eles comprem mais




+45.000 ouro

Hoje havia um ar diferente em Amodos, mesmo os animais estavam diferentes, vi soldados desanimados, medo na face dos cavaleiros, no café da manhã, as risadas e som de briga que normalmente ditavam o compasso dos mesmos, estava quieto, mais parecendo um velório do que o ritual matinal imposto por nosso comandante de partilha do alimento. Hoje, mesmo o soldado máximo de nosso quartel, normalmente animado e gritão, estava calado. Em seus olhos não mais existia o fogo da vida que nos animava a treinar mesmo com ossos partidos e a carne em chamas, hoje eles estavam triste, e por um momento tive o vislumbre de uma lágrima em seus olhos, normalmente tomados de um poder malicioso. Em suas palavras o peso da culpa, e em seu discurso, o pedido de perdão, não de um deus, ou um comandante que nos guia a vitória, mas de um homem, que temia estar nos treinando para a morte iminente...

Hoje, mesmo os treinos não mais disfarçavam a tensão, tivemos vários incidentes, brigas, discussões... É como se os soldados não mais suportassem a pressão do pré combate.
Hoje pude ver algumas das minhas armas, empunhadas por mãos tremulas, daqueles que, como disse meu pai, tem medo de morrer... Pff, pensamento que chega a ser lógico para um deus que a muito não tem mais a vida em jogo nos combates. Mas nós não somos deuses imortais, não somos invencíveis, somos apenas humanos.
Minhas costas ainda sangram pela punição imposta por Marcus, as chicotadas no pátio interno que deveriam ferir minha carne e orgulho, apenas me fortalecem, pois hoje aprendi que as vezes uma derrota, pode ser a maior vitória.
Os 20 soldados deveriam servi apenas como um aquecimento, mas hoje eles não mais eram bravos, em seus olhos, era como se implorassem que eu os matasse ali, que acabasse com o sofrimento. Mas eu fiz o contrário, os fiz recuperar a vontade de viver, recuperar a confiança em suas forças, e quando vi que todos voltaram a lutar com bravura, apenas me entreguei aos ferimentos e aos golpes tão fracos, mas ao mesmo tempo, carregados com toda a força de seus espíritos...
Durante a punição, Marcus sussurrou que pela primeira vez, não queria me ferir, mas que meus atos tinham consequências, que eu era um cavaleiro da lótus, que se espera que eu dizime exércitos com apenas um golpe... Eu realmente não me importo, 1... 10... 1000 chibatadas não apagaram o sorriso da minha face, pois hoje, os homens que eu enfrentei não saíram feridos, ou arrogantes, hoje eles entenderam que mesmo um cavaleiro, que a seus olhos tem a força próxima de um deus, ainda não é páreo para o espírito dos homens, que mesmo em sua frágil condição mortal... Eles também são deuses de seus destinos...

Hoje foi o pior dia de todos. Estávamos nos preparando para a guerra, isso era claro, mas sempre pensamos que iríamos apenas defender nossos lares, mas a ideia de atacar o inimigo em seu território nos apavorou. A noticia plantada pelo mercante caiu como uma pedra na moral de todos. Como nunca, todos os soldados, cavaleiros, e até alguns guerreiros que eu nunca havia visto pediram para que eu, ali mesmo na guarda da cidade, revisasse seus equipamentos.
Acho que nunca afiei tantas espadas, lanças, adagas, floretes e afins. Mesmo com a ajuda de Venceslau, e dos irmãos Leandro e Leonardo, o trabalho foi duro e incessante.
Pelo menos agora sabemos o que vai acontecer, e quando vai acontecer... Não mais esperamos ansiosos pelo ataque, agora, como um cavaleiro do norte de Amodos me disse:
-Hoje vocês é que vão virar a mesa, hoje baterão as portas do inferno e terão a morte como sua amante, hoje vocês é que se banharão no sangue daqueles porcos traidores.
Gostaria que eles não estivesse apenas escoltando um carregamento de munições vindo de Gnoll, Ele com certeza acalmaria a todos, mas pelo menos sabemos que estamos 14 horas da maior batalha já travada em nossas vidas...

Finalmente terminei todos os reparos das armaduras da guarda, os soldados que vieram a mim disseram que todos estavam aliviados com as minhas armaduras, e mesmo os que morreram, conseguiram derrotar muitos inimigos, até o grande Marquinhos, nosso comandante estava mais radiante, ele veio semana passada com uma carroça lotada de aço e couro pra que eu usasse nos reparos, mesmo experimentei essa euforia, e acabei esquecendo de cobrar pelo serviço, mas como o material foi de graça... Bom, vem fácil vai fácil ^^

Espero que o Z226 funcione... Também, se ele n funcionar depois de 22600 tentativas...

E pensar que quase n me deixaram ver o mestre hj...
Tenho muito a agradecer ao Comandante Marcus por me ajudar a passar pelas curandeiras de plantão, apesar de ele ter me avisado que os eventos recentes n devem ser levados com levianidade, e que agora, minha vida n esta mais apenas em minhas mãos. Mas ainda assim ele me apoia, e compreende que mesmo que o meu limite para ajudar seja baixo, eu n vou desistir, mesmo que, a contra gosto, eu tenha voltado a morar em Amodos...
E podem vir falar o que quiserem, mas a cada dia que deixo meu sangue nutri o corpo de uhysash, mesmo que por um breve instante, ele parece menos perto da morte...

Após semanas trenando com o mestre Marcus, fomos surpreendidos pelo pedido de ajuda de um jovem lenhador. De acordo com ele, a ponte que liga seu vilarejo ao porto próximo a Gull Kim. Apesar da súbita mudança de comportamento (As vezes me esqueço que ele tenta parecer frio e brigão para as pessoas que não são da guarda, para esconder seu jeito que chega a soar meio paternal com cada soldado), ele aceitou me liberar hoje para ajudar essas pessoas.
Chegando ao vilarejo, logo vi qual o problema, o nível do rio subiu descontroladamente, derrubando assim, a ponte de troncos que eles usavam. Rapidamente tentei chamar a todos que estejam por perto com a ajuda dos feitiços de Gull'dan, juntamente com duas equipes de ferreiros que estavam de folga. Pelo visto até mesmo um recém chegado, um garoto chamado Morris vira ajudar, junto a equipe de demolição enviada por Lailiam. Enviei Godofredo e Eldragon rio a cima para ver o motivo do repentino aumento do volume de água, ao que lhes pareceu, um dique se rompeu, nenhum desafio de se reconstruir. Juntamente com Ruan, que esta vindo de Gnoll, um carregamento de material de construção esta vindo, de acordo com Ruan, o suficiente pra se erguer um quartel de médio porte, espero que seja o suficiente para reforçar o terreno e construir uma ponte de pedra... Com sorte, transformamos o dique em uma represa. E logo agora que as coisas pareciam ter se acalmado...

A cada dia os treinos estão mais rigorosos para dominar a juiz, cada dia mais eu tenho a certeza que a espada luta contra mim. Estranhamente, a despeito dos comentários do comandante Marcus, me privar da visão, tem ajudado no melhor manuseio da espada, me privando da visão física, posso visualizar melhor as oscilações da minha força, tendo até recebido um elogio pela engenhosidade da ideia:"Vc não é mais tão inútil afinal"...Marcus.
Mas ainda assim uma sensação estranha vem me perturbando, e a cada dia fica mais difícil controlar o impulso de voltar para Amodos, é como se algo terrivelmente ruim estivesse acontecendo, como se essa paz que vivemos, não passe de uma ilusão.
Talvez eu deva mesmo voltar, e aproveitar pra pedir ajuda ao Lorde Uhysash para compreender melhor o poder das minhas técnicas, e talvez descobrir o motivo de estar tão complicado alterar sua natureza...
Talvez eu deva mesmo voltar e pedir mais informações, sobre tudo, sobre a origem dos meus poderes, e quem sabe, também, das minhas duvidas. Como por exemplo, a minha verdadeira ligação com Marcus, o motivo de tanta melancolia quando o encaro nos olhos durante os treinos, e quem é esse "hijo" que as vezes ele se repreende em confundir comigo...